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CPF E CNPJ MUDAM REGRAS PARA CHAVE PIX

 

O Banco Central do Brasil publicou nesta quinta (6/3) alterações nas regras do Pix para aumentar a segurança contra golpes através do sistema de pagamentos.

A principal mudança é que pessoas e empresas que não estão em situação regular na Receita Federal não poderão mais ter chaves Pix cadastradas em suas contas.

Ou seja, pessoas com o CPF bloqueado e empresas com o CNPJ irregular não poderão mais criar chaves Pix para receber dinheiro em suas contas – embora ainda possam usar o Pix para fazer pagamentos.

 

A proibição de ter chave Pix se junta a uma séria de outras limitações que já existem para quem tem o CPF irregular.

As instituições bancárias também já podiam impedir certos tipos de transações por conta própria de quem tem o CPF bloqueado na Receita – a diferença passa a ser que agora a restrição para a criação da chave é determinada pelo próprio Banco Central.

 

Segundo o Banco Central, a situação do CPF ou CNPJ será checada toda vez que alguém tentar registrar, alterar informações, pedir portabilidade ou reivindicar posse de uma chave Pix.

 

Nesses momentos, as chaves que não estiverem em conformidade com a nova regra serão excluídas.

“É importante salientar que as medidas aprovadas não irão mudar em nada a forma como as pessoas e as empresas fazem ou recebem Pix. Elas são medidas operacionais, que trazem mais exigências de segurança para os participantes, a fim de combater as fraudes no Pix”, afirma a entidade monetária.

 

Como saber se meu CPF está bloqueado?

Para saber se seu CPF está bloqueado, basta entrar no site da Receita Federal, colocar o CPF e a data de nascimento.

São considerados irregulares os CPFs com situação cadastral “suspensa”, “cancelada”, “titular falecido” e “nulo”.

Os CNPJs com situação cadastral “suspensa”, “inapta”, “baixada” e “nula” vão sofrer as mesmas restrições para a chave Pix.

 

Vou poder continuar usando o Pix se estiver inadimplente?

Sim.

 

É importante lembrar que ter o CPF bloqueado na Receita Federal não é o mesmo que ter o “nome sujo”, ou seja, ter o CPF registrado em instituições de crédito por inadimplência.

Ter o nome incluído no Serasa ou no SPC afeta o crédito disponível para a pessoa em bancos e outras instituições financeiras, mas não leva ao bloqueio do CPF na Receita Federal.

As únicas dívidas que podem levar ao bloqueio do CPF são dívidas diretamente com a Receita Federal.

Entre os atos que também podem levar ao bloqueio do CPF estão não declarar imposto de renda (para quem não é isento); não votar e não justificar a falta nas eleições; não corrigir inconsistências no Imposto de Renda; cometer fraudes, entre outros.

Segundo a Receita, grande parte dos casos de CPFs bloqueados estão ligados ao título de eleitor – para desbloquear, basta comparecer à Justiça Eleitoral e regularizar a situação eleitoral.

 

Outras mudanças

Outras mudanças no registro das chaves Pix também foram determinadas pelo Banco Central:

  • A entidade proibiu mudança de informações vinculadas a chaves aleatórias. Caso uma pessoa ou empresa queira alterar uma informação, será preciso excluir a chave aleatória existente e criar uma nova, com as novas informações.
  • Chaves Pix registradas em e-mails não poderão mais mudar de novo. Apenas chaves registradas em celular poderão continuar mudando de dono – o BC manteve essa funcionalidade para permitir que números de celular pré-pagos que mudaram de dono também possam mudar de dono no Pix.
  • Devolução de qualquer valor de Pix agora pode ser feita mesmo em dispositivos não cadastrados.

O Banco Central afirma que as novas medidas são uma “linha de defesa” contra golpes e que a “segurança é um dos pilares fundamentais” do sistema de pagamentos, entendida como “um processo contínuo”.

OEA CITA DIAS TOFFOLI DE DESMONTAR SISTEMA CONTRA A CORRUPÇÃO EM DECISÃO MONOCROMÁTICA

O ministro do STF, Dias Toffoli (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

O gerente de pesquisa da ONG Transparência Internacional, Guilherme France, citou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, ao denunciar o desmonte do combate à corrupção em países da América Latina durante participação em uma audiência na comissão de direitos humanos na Organização dos Estados Americanos (OEA).

 

France usou como exemplo do desmonte, a decisão monocrática de Toffoli que anulou todos os processos e investigações conduzidos pela Operação Lava Jato contra o empresário Marcelo Odebrecht.

Ao UOL, France disse que a decisão de Toffoli tem gerado “reflexos sistêmicos” nos outros países da América Latina porque o Judiciário brasileiro está se recusando a cooperar em investigações de corrupção ao impedir o envio de dados e depoimentos no exterior.

“Daí a nossa decisão de protestar em conjunto com outros países na OEA”, disse France ao UOL, nesta quarta-feira (5). A audiência na OEA aconteceu na segunda-feira (3).

 

Em fevereiro, Toffoli também anulou todos os atos da Operação Lava Jato contra o ex-ministro Antonio Palocci. A decisão envolve as ações tomadas pela força-tarefa do Ministério Público Federal quanto pelo então juiz Sérgio Moro.

Ao comentar sobre a decisão, no mês passado, a Transparência Internacional disse que a medida “abala” a confiança no STF.

 

Brasil atingiu a sua pior pontuação da história em índice de percepção da corrupção

Recentemente, o Brasil atingiu a sua pior pontuação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), mantido pela Transparência Internacional. O índice, divulgado nesta terça-feira (11), se refere ao ano de 2024 e mede a impressão de especialistas e empresários sobre o nível de corrupção no setor público de cada país.

Para aferir o IPC de cada um dos 180 países avaliados, são atribuídas notas em uma escala de 0 a 100. Quanto maior a nota, melhor é a percepção sobre a integridade do país. A nota do Brasil foi 34, empatando com Nepal, Argélia, Malauí, Níger, Tailândia e Turquia.

 

 

62% acham que Lula não deve tentar reeleição, diz Ipec.

Pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada neste sábado (15.fev.2025) pelo Uol mostra que 62% dos brasileiros acham que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria concorrer à reeleição em 2026, contra 35% que avaliam que o petista deveria tentar um 4º mandato.

Eis as respostas:

  • Lula não deveria tentar a reeleição – 62% (eram 58% em novembro de 2024);
  • Lula deveria tentar a reeleição – 35% (eram 39%).
  • não sabe ou não respondeu – 3% (eram 3%).

O Ipec também perguntou aos entrevistados que acham que Lula não deveria se candidatar em 2026 por que elas deram essa resposta. O levantamento é espontâneo, ou seja, as pessoas não foram estimuladas com opções de respostas e também puderam dar mais de uma resposta.

Eis os 5 motivos mais citados:

  • não está fazendo um bom trabalho – 36%;
  • porque é corrupto/ladrão/desonesto – 20%;
  • pela idade/está com a idade avançada – 17%;
  • já teve a sua chance/já foi presidente 3 vezes – 11%;
  • por não confiar nele/não gostar dele/não simpatizar com ele – 9%.

O Ipec entrevistou 2.000 pessoas em 131 municípios do Brasil de 6 a 10 de fevereiro de 2025. O grau de confiança do levantamento é de 95%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

QUEDA NA AVALIAÇÃO DE LULA Pesquisa Datafolha divulgada na 6ª feira (14.fev.2025) confirmou o que a pesquisa PoderData já havia mostrado no final de janeiro de 2025: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em seu pior momento no 3º mandato à frente do Executivo.

Compare os resultados sobre a avaliação do governo:

  • ruim/péssimo – 40% (PoderData) X 41% (Datafolha);
  • regular – 33% (PoderData) X 32% (Datafolha);
  • ótimo/bom – 24% (PoderData) X 24% (Datafolha);
  • não sabem – 3% (PoderData) X 2% (Datafolha).

Na imagem acima, os dados do PoderData do final de janeiro e os do Datafolha de agora

O Datafolha entrevistou 2.007 eleitores em 113 municípios do Brasil de 10 a 11 de fevereiro de 2025. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

O PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, realizou 2.500 entrevistas em 219 municípios do Brasil de 25 a 27 de janeiro de 2025. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%.

Lula, parlamentares e ministros terão aumento de 5,36% a partir de sábado.

O presidente Lula em entrevista a jornalistas na manhã desta quinta-feira (CanalGov/Youtube)

O salário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de ministros do governo e de parlamentares do Congresso vai subir para R$ 46.366,19 a partir de sábado, 1º de fevereiro.

O valor representa um aumento de 5,36% em relação ao salário que receberam até janeiro deste ano e equivale a mais de 30 salários mínimos.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o procurador-geral da República também receberão o aumento salarial.

O reajuste está previsto em lei aprovada no Congresso em dezembro de 2022 e previa um aumento escalonado, realizado em quatro etapas.

Os salários tiveram reajustes em janeiro e abril de 2023, fevereiro de 2024 e, por último, 1º fevereiro de 2025.

 

  • Em janeiro de 2023 o salário passou para R$ 39.293,32
  • Em abril de 2023, o valor subiu para R$ 41.650,92
  • Já em fevereiro de 2024 passaram a receber R$ 44.008,52 por mês.

 

A medida igualou os salários de parlamentares e autoridades do Executivo ao dos integrantes do STF.

Em 2022, quando a proposta foi aprovada, o chefe do Executivo, o vice e seus ministros recebiam por mês R$ 30.934,70. O aumento total será cerca de 50%.

Já os parlamentares recebiam R$ 33.763,00 ao mês na época e terão um reajuste de 37% no salário.

O salário dos ministros do Supremo e do chefe da PGR vai ter um reajuste final de 18%. O salário era de R$ 39.293,32 em dezembro de 2022.

O objetivo do projeto era manter o equilíbrio remuneratório entre as autoridades máximas dos Poderes da República. O último aumento para presidente, vice, ministros e parlamentares tinha sido em 2014.

Os salários dos magistrados da Suprema Corte servem de teto para toda a administração pública. Ou seja, nenhum servidor pode ganhar mais que um ministro do STF.

 

 

HADDAD MUDA DE PAPEL COM LULA E CRITICA ALTA DA SELIC: ‘REMÉDIO EM EXCESSO É CONTRAPRODUCENTE’.

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano, na reunião desta semana. Em entrevista à Rede TV na noite desta quinta-feira 30, Haddad afirmou que os juros já estão em “um patamar que desacelera a economia”. Segundo o ministro, “se você já está com a Selic muito restritiva, remédio em excesso pode ser contraproducente.”

Haddad afirmou que o governo trabalha para gerar “crescimento sustentável, trazendo a inflação para a meta”. No ano passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, acumulou uma alta de 4,83%. Com isso, estourou a meta de 3% e sua margem de tolerância de 4,5%. O que era ruim pode piorar neste ano, já que o mercado financeiro projeta uma aceleração de preços, com o IPCA fechando em 5,50%.

Segundo o ministro, com a Selic no atual patamar, a equipe econômica já trabalha com uma freada do produto interno bruto (PIB), que deve crescer 2,5% neste ano, ante os 3,5% com que estima ter fechado o ano passado. A redução do ritmo ocorre, segundo Haddad, “justamente para acomodar as pressões inflacionárias.”

Isso não significa que o governo pretenda reduzir as estimativas de crescimento para 2%, número em que a maioria do mercado aposta. Na entrevista à Rede TV, Haddad afirmou que acredita que o Brasil ainda pode crescer 2,5% e reduzir a inflação ao mesmo tempo nos próximos meses.

Haddad critica e Lula afaga Galípolo Esta é a primeira vez que Haddad critica abertamente a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que realizou sua reunião inaugural sob o comando do novo presidente, Gabriel Galípolo, e composto por uma maioria de diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, Galípolo foi o secretário-executivo do Ministério da Fazenda no início da gestão de Haddad e contribuiu para a criação do arcabouço fiscal que substituiu teto de gastos criado no governo de Michel Temer.

As críticas de Haddad marcam, ainda, uma inversão de papéis com Lula.

Ontem, o presidente concedeu uma entrevista coletiva de uma hora e meia e declarou ter “100% de confiança” no trabalho de Galípolo. Segundo Lula, “o presidente do Banco Central não pode dar um cavalo de pau, num mar revolto, de uma hora para outra”. Como se sabe, a decisão de elevar a Selic para 13,25% nesta semana já fora sinalizada no comunicado de dezembro, quando o último Copom comandado por Roberto Campos Neto aumentou os juros de 11,25% para 12,25% e sinalizou com duas altas de igual magnitude nos encontros de janeiro e março.

“Nós, como governo, temos que cumprir nossa parte, a sociedade cumpre sua parte, e o companheiro Galipolo cumpre a parte dele”, acrescentou. O presidente afirmou, ainda, que ao convidar o economista para comandar o BC, lhe disse que o considerava um amigo, mas que, no papel de presidente da autoridade monetária, teria toda a independência para tomar as decisões necessárias. Como prova de que a autonomia do BC não seria apenas um jogo de cena, Lula lembrou que Henrique Meirelles, que presidiu a autarquia durante seus dois primeiros mandatos, agiu com independência, mesmo que, na época, não houvesse uma lei que a assegurasse e o BC fosse submetido, formalmente, ao Ministério da Fazenda.

A história não é, necessariamente, verdade. Meirelles afirmou na autobiografia publicada no ano passado que, em meados de 2006, Lula The telefonou pedindo para baixar os juros. O banqueiro se negou e cobrou o acordo que fizeram, quando foi convidado para o posto o de agir com independência. Meirelles não cortou a Selic na ocasião, e, segundo ele, Lula nunca mais tocou no assunto.

Lula também foi um crítico implacável do antecessor de Galipolo no BC, Roberto Campos Neto, desde a campanha eleitoral de 2022. Em diversas ocasiões, hostilizou publicamente o indicado por Jair Bolsonaro e levantou dúvidas sobre a independência com que liderava o banco. Em uma ocasião, declarou que Campos Neto não entendia “absolutamente nada do Brasil.”